terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Sobre pedir dupla habilitação

Ando pensando muito em cinema ultimamente. Semestre sim, semestre não, penso em pedir dupla habilitação em audiovisual. Não sou cinéfila nem tenho pretensões cinematográficas, só acho o assunto bonito e me guio por essa curiosidade nata que me faz querer conhecer a fundo tudo o que me encanta.
Tenho um gosto particular pela parte de edição e montagem. Pegar tudo o que foi filmado e transformar em obra, criar sentido, acho que gosto disso. Como a Laura de "Caixa Postal 1989", queria que minha vida tivesse ilha de edição para que eu fizesse dela o que bem entendesse. Cortasse as partes que não gosto e prolongar as mais bonitas.
Verdade verdadeira, queria que minha vida fosse um filme desses atuais que adoram fundir temáticas - ô menininha pra se projetar nas coisas. Um drama romanceado com nuances de comédia, ação, aventura, erotismo, suspense, musical e fantasia, muita fantasia!
Eu queria um romance sutil, desses de filme, em que troco olhares com um desconhecido e, sem dizer nada, nos apaixonamos. A relação flui e os sorrisos simplesmente surgem em conversas divertidas à sombra de uma árvore qualquer. Ele me magoaria sim, então eu choraria tomando um pote de sorvete inteiro de frente para a televisão, talvez até cantasse uma canção bem clichê sobre um coração partido - no filme eu teria uma voz absurdamente linda, é claro! Poucas cenas adiante, meu mocinho faria uma loucura para me convencer de que está arrependido e ficamos juntos, porque, em filme, perdão é sempre sincero.
Queria esse clichê pra mim, sem medo de parecer superficial, a verdade é que eu busco mesmo essa intensidade das coisas simples, banais até. Não posso, eu sei, é dose exagerada de fantasia. Então vou me distraindo com a realidade. Dupla habilitação? Talvez!

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