sábado, 24 de julho de 2010

Nudez.

  Alguém há de ter percebido as novas imagens que vieram junto com a mudança de layout. Na barra superior, minha pele de pertinho, na lateral, a unica foto em que aparece meu rosto de todo o ensaio que a Karine fez dos meus piercings. A nudez foi intencional. Gosto da pureza dessas fotos, são delicadas, já disse que a nudez por si só não me é grande coisa.
  Nudez.
  Eu sempre me considerei uma pessoa transparente, mesmo que por vezes eu fique embassada. Também acho que tenho uma intensidade inerente quase que destrutiva (embora que, ao mesmo tempo, reconstrutiva). Parece muito prepotente da minha parte querer ficar aqui falando de mim, mas eu escrevo é pra esclarecer.
  O caso é que agora eu me sinto mais nua que nunca - exagero -, melhor dizendo, mais nua que em muito tempo. Desconfortavelmente nua. Despida dos costumes pesados que eu me forcei a usar por tanto tempo. Sem armadura nem escudo. Nua num nível de não conseguir dissimular meus sentimentos nem pra mim mesma. E, ainda assim, não me sinto de todo desprotegida.
  Tenho medo, não vergonha. Medo de estar enganada e todo esse sentir caótico ser só uma piada idiota dos meus hormônios. Tenho medo de estar certa e acabar exagerando no meu sentir ou, ao contrário, medo de repudiar isso por não achar que mereço ou que devo. Tenho medo de não me lembrar mais como é sentir. Tenho medo de mim.
  Mas não tenho medo do medo. Sigo em frente apesar dele, por mais insegura, suscetível, nua... À flor da pele. Só o que sei é que agora não quero nenhum disfarce. Ou conclusão.

Um comentário:

  1. com certeza, vc fica mais forte sem nenhum disfarce.
    tb entendo a sua posição. a nudez é só um corpo nu.
    só enxerga mais coisa, quem quer constanetemente sexualizar tudo o que se move na Terra
    ficou ótimo o layout e o motivo

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